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Câmara reduz a 1/3 consumo de água após gestão sustentável de recursos

O consumo de água na Câmara dos Deputados foi reduzida a 1/3 do que se gastava em 2000, quando se iniciou um projeto na Casa para promoção do uso r...

13/03/2023 às 17h46
Por: Redacao Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Vegetação ao redor da Câmara é irrigada com água de reúso - (Foto: Depositphotos)
Vegetação ao redor da Câmara é irrigada com água de reúso - (Foto: Depositphotos)

O consumo de água na Câmara dos Deputados foi reduzida a 1/3 do que se gastava em 2000, quando se iniciou um projeto na Casa para promoção do uso racional dos recursos hídricos.

A gestão sustentável da água é parte do tralhado do Serviço de Sustentabilidade da Câmara, conhecido pela sigla EcoCâmara, que completa 20 anos em 2023.

Desde o ano 2000, há um movimento na Casa para enfrentar dois desafios comuns a quem se alinha na solução das crises provocadas por mudanças no meio ambiente: ter água boa e gastar menos. Chefe da seção de Instalações Hidrossanitárias da Câmara, Talita Dornellas diz que o primeiro passo foi monitorar o consumo. Alguns setores, lembra ela, precisam de mais água, como o sistema de ar condicionado e os espelhos d’água na parte externa.

“A gente foi verificando os principais troncos de água dentro de cada prédio e instalando hidrômetros que nos permitiram mapear o consumo de cada setor. Então, se uma perda, um vazamento, algum equipamento com problema, a gente consegue setorizar e atuar mais cirurgicamente no foco ali de perda de água”, explica.

Conhecidos os detalhes do consumo, a segunda etapa foi usar a tecnologia disponível para racionalizar o uso da água. Talita Dornellas cita as torneiras que fecham sozinhas e despejam menos água e dá outros exemplos.

“Nós temos prédios muito altos. O anexo 1 tem 28 andares. Na parte mais de baixo do edifício, a pressão é muito grande, não precisa. Então, a gente tem reguladores de vazão em função dessa pressão em cada ponto para que desperdice menos água no uso”, afirma. “Os vasos sanitários hoje são com caixa. Você não usa mais aquela descarga que às vezes trava, e a água fica o dia inteiro correndo.”

O uso da tecnologia e o mapeamento do consumo deram bons resultados. No ano 2000, o início do monitoramento, a Câmara gastou 335 milhões de litros de água. Em 2022, foram 113 milhões, um terço do que se consumia duas décadas atrás. Nesse período, a economia foi de R$ 85 milhões.

 

 

Mobilização
Esse esforço para racionalizar o uso da água também inclui projetos de lei, como o que institui a Semana Nacional do Uso Consciente da Água (PL 2419/21). A proposta, do deputado Luciano Ducci (PSB-PR), é que a semana englobe o dia 22 de março, que é o Dia Mundial da Água, promovendo atividades sobre a importância do consumo racional e entrando nos calendários das escolas públicas e particulares.

O parlamentar salienta que é preciso avançar no trabalho de educação e mobilização social. “Várias cidades do Brasil passaram por momentos de racionamento muito severos, acho que ali começou a se mostrar para a sociedade que o assunto é sério, que precisa ser bem cuidado, para que no futuro a gente não tenha novas e graves dificuldade com falta de água”, comenta Ducci.

Talita Dornellas ressalta que o usuário – seja funcionário ou público externo – é o parceiro mais importante nesse empenho coletivo por um melhor uso da água na Câmara.

“O cidadão precisa compreender as ações que a gente faz. Às vezes, o nosso usuário recebe uma torneira que emite um pouquinho menos de água, mas que não torna o uso ruim, porém ele quer aquela água caudalosa, aquela torrente de água.”

Segundo a chefe da seção de Instalações Hidrossanitárias, o próximo passo para consumir água de maneira mais racional na Câmara será investir em reúso. Uma das medidas já implantadas é a utilização de água de poços, que serve para atividades como a manutenção dos jardins.

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